Mubius WomenTech Ventures – Mulheres na liderança

Empreender salva vidas, quando o assunto é mulher!

Tempo de leitura: 3 minutos


Agosto Lilás – o foco em uma luta que deve ser discutida todos os dias!
A pouco mais de 5 anos a Trêsbê existe, e desde 2020 trabalhando com foco em mulheres!
Com mais de 10 turmas do Acelera MEI Mulher realizadas e mais de 200 mulheres aceleradas, já presenciamos em nossos Demodays (Evento de formatura das mulheres, onde elas vão ao palco falar sobre suas histórias) mais do que cases de sucesso na aprendizagem de gestão e do mundo digital: conhecemos histórias de libertação, superação, de enfrentamento e ressurreição!

Foi aí que começamos a entender que o empreendedorismo feminino é mais do que um movimento por geração de renda, é um movimento que, de fato, salva vidas!

A 6ª edição da Pesquisa Anual sobre Empreendedorismo Feminino no Brasil, realizada pelo Instituto RME em parceria com o Instituto Locomotiva, revela dados impressionantes: 48% das mulheres entrevistadas conseguiram romper relacionamentos abusivos e violentos ao abrir seus próprios negócios.

Esses números mostram que o empreendedorismo oferece não apenas autonomia financeira, mas também poder de decisão sobre a própria vida. Não é à toa que 72% das empreendedoras entrevistadas se consideram total ou parcialmente independentes financeiramente, e 81% acreditam que essa autonomia as torna mais independentes nas suas relações conjugais. Essa pesquisa reforça a importância de proporcionar meios para que mulheres possam empreender e se libertar de contextos opressores.

Entretanto, o caminho do empreendedorismo feminino está longe de ser fácil. Mesmo quando decidem empreender, muitas mulheres enfrentam a falta de apoio dentro de casa. Como aponta Renata Malheiros, coordenadora nacional de Empreendedorismo Feminino do Sebrae, o sucesso financeiro das mulheres pode causar desconforto nos parceiros, muitas vezes levando a comportamentos sabotadores. Em alguns casos, essa situação resulta no aumento da violência ou até na desistência do negócio, mostrando que o empreendedorismo feminino, embora libertador, enfrenta barreiras culturais profundas. (Precisamos falar mais sobre isso!!!)

Os desafios enfrentados pelas mulheres negras são ainda mais preocupantes. Dados do Fórum de Segurança Pública indicam que, em 2020, ocorreram 1.350 feminicídios no Brasil, sendo 67% das vítimas mulheres negras. Esses números refletem a desigualdade estrutural que coloca as mulheres negras em uma posição de vulnerabilidade ainda maior, tanto econômica quanto socialmente. A participação delas na liderança de negócios diminuiu de 50,3% em 2019 para 48,5% em 2021, um retrocesso preocupante.

Apesar desses desafios, o empreendedorismo continua sendo uma força transformadora para as mulheres no Brasil. Pesquisas do Sebrae indicam que, embora as mulheres empreendedoras tenham, em média, 16% mais anos de estudo que os homens, elas ainda ganham 22% menos. Essa disparidade é agravada pela dedicação a setores menos valorizados e pela menor disponibilidade de tempo, resultado da dupla jornada que muitas mulheres enfrentam.

O que fazer, então, para reverter esse cenário? É  necessário fomentar o empreendedorismo por oportunidade, em vez de por necessidade, e incentivar as mulheres a explorar áreas de maior retorno financeiro, como as ciências exatas e a tecnologia, e a criar negócios projetados para crescer de forma sustentável.

O empreendedorismo feminino, portanto, não é apenas uma solução econômica, mas uma ferramenta essencial para o empoderamento e a proteção das mulheres. Investir em políticas públicas e ações de responsabilidade social que apoiem essas empreendedoras é uma medida urgente para combater a violência doméstica e promover uma sociedade mais justa e igualitária.

Junte-se a Trêsbê Delas nessa luta!

Thayane Belchior e Dani Bezerra

CEO e COO da Tresbê D.E.L.A.S

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