Estamos vivendo uma revolução nas formas de trabalhar, e de todas mudanças que vem acontecendo, o modelo de trabalho é o ponto central de tudo isso.
Modelo de trabalho refere-se às diversas formas e estruturas que definem como as atividades de trabalho são organizadas e executadas dentro de uma organização.
Antes de tudo, um modelo de trabalho diz respeito à flexibilidade ou inflexibilidade de condições oferecidas ao trabalhador, enquanto autonomia e liberdade de escolha são a essência do flexível, gestão por comando e controle é a base do inflexível.
Modelos podem variar em termos de horários, dias, locais de trabalho e independência geográfica. Com a evolução da tecnologia e mudanças culturais, que até o pré pandemia, pouco foi acompanhada pelos modelos de trabalho, isso mudou de forma significativa durante o experimento coletivo de trabalho remoto na pandemia e agora se consolidando novos formatos de trabalho no pós pandemia.
Tradicionalmente, o modelo de trabalho predominante era o presencial, baseado em uma estrutura de horário fixo, geralmente das 9 às 18 horas, e um local físico específico, centralizado, como um único escritório. Este modelo vinha sendo repetido desde a Revolução Industrial, ou seja, desde que os escritórios surgiram, e simplesmente seguiram o modelo fabril que era o único outro local de trabalho coletivo que existia na época.
No entanto, com o avanço da tecnologia e a globalização, esse formato já deveria ter se flexibilizado a muito tempo, mas estava mudando em passos bem pequenos até a pandemia de COVID-19, em que a adoção de modelos remoto e flexíveis foi inevitável.
O modelo de trabalho remoto permite que os funcionários trabalhem de qualquer lugar, usando ferramentas digitais para se comunicar e colaborar. Além de oferecer flexibilidade geográfica, o trabalho remoto pode dar a autonomia de horários e de a pessoa entender suas necessidades e buscar as condições em que trabalho melhor, podendo aumentar a produtividade e para a empresa otimizar custos operacionais.
Remoto não é o único modelo flexível, ele pode ou não fazer parte de uma estratégia de flexibilidade como no trabalho híbrido, distribuído ou mesmo redução de carga horária pautada em métodos de melhor aproveitamento do tempo, como é a proposta da semana de 4 dias.
Os benefícios e impactos positivos da flexibilização do modelo de trabalho ferramentado pelas atuais tecnologias, permite que as pessoas dividam seu tempo entre o trabalho e a vida pessoal, se sintam mais satisfeitas e consequentemente com melhor desempenho, e ainda com a possibilidade de aproveitar os benefícios dos dois mundos: a colaboração e a socialização do ambiente de trabalho presencial, com a flexibilidade e o foco proporcionados pelo remoto quando você escolhe o lugar que funciona melhor para sua atividade, seja home office ou out office. Os impactos positivos não param na esfera da pessoa e negócios, refletem em cidades mais fluídas de mobilidade, melhor distribuídas em termos demográficos e econômicos e ainda reduz o impacto ambiental evitando milhares de pegadas de carbono.
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